Saturday, September 15, 2007

...chegar.


...E ele foi caminhando, caminhando, assim muito, sempre em frente, porque lhe tinham dito "vai!"...

...Pelo deserto ele seguiu, numa toada que variava, ora em passo alegre, ora como se cada ínfima parte do seu ser lhe doesse com o cansaço de anos...

...E olhares, ele cruzava, e sorrisos, ele devolvia, e agressões, ele ignorava e esquivava, e ajuda, ele prestava, quando podia e lhe era solicitada...

...E ele recordava, com aquela memória de algo que nos é tão marcante, que fica sempre, mas ao mesmo tempo, tão longínqua, que quase se sentia como sendo apenas um sonho...

...um sonho doce de uma era em que ele podia dormir...

...E o dia, sucedia à noite, e à noite, o dia...


...E o vazio assumia-se, tanto!, em si, até já ser quase um "familiar amigo"...

...O andar era tanto, que ele já nem recordava o porquê de seguir...

...E um dia, vindo de lá, adiante, ele ouve um sorriso... ele sente um olhar...

...E o sonho abraça-o, e de repente, 130 anos sentem-se mero dia, e de repente, ele é Jovem outra vez, como no princípio do mundo...

...Ele havia sido tocado... pelo seu lar...!

2 comments:

Jasmim said...

"...E um dia, vindo de lá, adiante, ele ouve um sorriso... ele sente um olhar..."


É nas caminhadas menos fáceis que sentimos que não estamos sós!

Beijo doce em ti

*

Mi... said...

E eu toco-te...num beijo abraçado
Noite serena te desejo
(*)