Wednesday, September 19, 2007

...(Re)abrindo os olhos...

...A Onda de Chamas, apesar de ainda se fazer sentir, começa a amainar... Ferido, queimado a vários níveis, mas indiferente a essa dor. Pela necessidade da mesma... por tanta coisa, tão maior do que eu, qualquer meu desejo, qualquer necessidade minha.

...E aos poucos, ainda de mãos bem cravadas no punho da Espada, firmemente enterrada no Solo... começo novamente a levantar a cabeça. A abrir os olhos.

E voltando a olhar para o que me rodeava antes da Onda me atingir... o que vejo... deixa-me perplexo...

...Será possível...? Ser-se o único a ver? A apreender? As incoerências, as incongruências? A falsidade tão, mas tão bem dissimulada, porque tão subtil, que mal se vê, quando se olha de frente? Só se apercebendo das "flutuações", quando de lado se contempla? De tal modo, que provavelmente, os Polos são vistos trocados, e quem o é, faz os outros verem outro, como sendo isso? Será possível ser-se de tal modo, que até a si próprio se iluda, reflectindo-se em outros, aquilo que em nós, não conseguimos encarar? (O eterno e tão conhecido "Espelho do Karma"... para não lhe dar o seu real nome.)

...Está-se só, na percepção, muitas vezes.

E poucas vezes, senti isso com tamanha força.

Resta-me a firmeza que advém do saber da rectidão dos meus actos, palavras, postura. E do que sei.

E que cada um, veja as coisas como as escolher ver. Quanto a isso, nada poderei fazer. Quem achar que eu valho, quanto mais não seja, o benefício da dúvida, perante "factos" tão "claros"... saberá como me indagar.

Mal a Onda passe de vez... desenterrarei a Espada do chão. E seguirei em frente. (Já o faço, a esta altura, aliás.)

Sempre. Por algo maior que eu. Sem esperar, necessitar, ou querer, nada dos meus actos, senão o Bem maior. Mesmo que tal se resuma a apenas um pequeno lampejo de Luz, numa Noite que se quer assumir eterna. Mas não conseguirá.

A tudo o resto... indiferente, tenho de me manter. Por mais que "antigos hábitos" me fizessem querer agitar a minha Espada em lutas... que nada trariam. Excepto a maior das derrotas, na forma de uma grande "vitória".



(...Mundo Louco, deveras, este...)

...Em frente!