Monday, December 09, 2013

Um Homem de 14 anos



Lê-se aqui na edição do Público de dia 6 de Dezembro, um testemunho tocante, impressionante, de como um Homem de 14 anos escolheu lidar com a tragédia com que foi "brindado" pela vida. Uma das coisas que mais impressiona é a maturidade que demonstra, perante a adversidade, e perante a vida, e isso lê-se no seu discurso:

(...)

'Aos cinco anos, Diogo começou a tocar piano. Aos nove, entrou na EMCN, onde se mantém. E sonha, um dia, frequentar a Berklee College of Music, especializada em jazz, em Boston, nos Estados Unidos. ”Tocar piano é uma forma de terapia”, declara Diogo.

“Na minha opinião, nós damos importância ao que queremos. O que é que é importante para mim? A minha felicidade ou o facto de me estar a doer o dedo mindinho?”, resume o jovem, mesmo sabendo que um dia poderá ter de mover-se numa cadeira de rodas'.

...

Relativiza, tanto!, aquilo que a grande parte de nós encara como "drama", nas nossas vidas. Tomara este rapaz, que vive com a quase certeza de deixar de deixar de poder fazer aquilo que o faz feliz, ter que lidar apenas com aquilo que a grande maioria de nós considera "problemas".

Este rapaz pega no que o aflige, e empatiza com quem possa passar pelo mesmo que ele, querendo agir no sentido de os ajudar.

(...)

'Quando era mais pequeno, chamavam-lhe coxo e não o deixavam jogar à bola. “Tu não serves”, diziam-lhe. Hoje, Diogo Lopes tem 14 anos, sabe por que é coxo: é portador de Charcot-Marie-Tooth (CMT), uma doença rara, e vai lançar o seu primeiro livro de poesia, Contrabaixo. O seu objectivo é que a venda do livro permita criar uma associação. “Quero mostrar aos portadores de CMT que são capazes de lutar pelos seus objectivos e que a solidariedade pode trazer grandes mudanças”, diz'.

Saibamos encarar a vida de frente, e abraçar a gratidão de a podermos viver. Com liberdade para a podermos tornar tudo aquilo que queremos, tenhamos coragem e vontade!

...

(14 anos...)






Sunday, November 03, 2013

Tuesday, February 05, 2013

Gritar "BASTA" em palavras mas também em ACTOS!








Hoje, estive envolvido numa conversa em que um dos intervenientes é uma pessoa cuja capacidade de análise muito respeito. E tal levou-me a reflectir muito nos pontos abordados.

De uma forma o mais sucinta possível... queixamo-nos da situação que temos no nosso país actualmente, mas todos, todos!, temos responsabilidades na situação que vivemos.

Sem excepções.

Por exemplo... abordemos a classe política actual, e a maneira como "ingerimos" o que nos é dado. Alguém acredita... mesmo... que no governo são tão tolos ao ponto de colocarem... um ex-administrador do BPN... como secretário de estado do EMPREENDEDORISMO... sem esperar a reacção que se verificou? Não parece demasiado... deliberado?

Ao mesmo tempo, o PS está em convulsões... um diz "para quê a pressa", o outro é candidato, mas a seguir deixa de o ser, para voltar a ser sem ser... "Serei candidato se até dia 10 o outro não unir o partido"...

...hã?

Veja-se: o pior do que nos está a ser imposto, está para vir. Se o governo PSD-CDS continuar até ao fim... depois desta ficarão no mínimo 8 anos sem serem governo. Logo, o PSD está desesperado a tentar criar uma crise política que faça cair o governo a tempo de colocar no seu lugar o PS... que nunca poderá fazer diferente deste... e logo, saindo ele mais queimado do que o PSD. Findo isso, volta o PSD, "messianico", para o lugar do poleiro...

...e no PS há quem se aperceba disto e tenha avisado o Costa, dizendo... "eh pah... não avances agora..." porque o Seguro é apenas lider para queimar, para "aquecer o lugar" até ser altura de aparecer um "sebastianico" líder...

...e nenhum deles quer realmente melhorar nada... e todos lutam pela melhor forma de retirar os rendimentos de quem produz, sem que produzam eles nada... o joguinho político de sempre. Medíocre. Longe de se preocuparem realmente com quem supostamente representam.

...e nós, que fazemos?

Mesmo que constatemos alguma coisa... queixamo-nos...desvinculamo-nos da responsabilidade de fazer algo... "eles são todos iguais... alguém devia fazer qualquer coisa..." Na melhor das hipóteses, saímos à rua e manifestamo-nos... "ladrões, gatunos", gritamos... passeamos... e depois voltamos para casa, e nada fazemos de concreto e real para mudar o estado das coisas.

Uns fazem umas greves, protegidos por leis que lhes permitem abusar do poder de usar utentes... trabalhadores... como reféns. Outros... com medo de perder emprego, rendimentos... nem consideram a ideia.

Para finalizar, alguns pontos para reflexão:

  • Temos governos que sistematicamente são eleitos com programas eleitorais que não cumprem, ou que até executam em sentido inverso, de forma impune. Se um contrato entre um fornecedor e um cliente é desrespeitado, este é considerado nulo. Entre um político e um eleitor... se este vota em algo que o outro desrespeita, nada acontece, responsabilidade alguma cai sobre ele. Excepto quiçá ir estudar para Paris... ou receber um cargo com um chorudo cheque, na comissão europeia...
  • Nunca vivemos numa sociedade tão ligada como agora, onde a comunicação em massa, espontânea, civil, é tão fácil;
  • O verdadeiro poder está em nós: não são os politicos que fazem a "maquina" do país andar...são TODOS quantos trabalham - imaginem essa máquina... colectivamente... totalmente... em simultâneo... a parar. TODA, não só alguns sectores, e os da função pública... não... TODOS, até que governos, governantes, assumissem responsabilidade pelo que prometeram... e não fizeram. Pelas corrupções que alimentam e da qual se alimentam, e pelo roubo descarado que perpetuam contra quem ainda permite que "isto" seja algo parecido com um país...

Seriamos nós capazes de nos organizar para algo assim? Imaginam o poder de algo desta monta? (A comunicação seria tão fácil...) Seríamos? Ou faríamos como sempre... acomodando-nos nas nossas preocupações pessoais a curto prazo, dizendo que "alguém" deveria fazer algo... mas claro, nunca nós, porque... e o nosso salário? E as contas para pagar?

Terá quem pensa assim noção que se nada for feito... perder-se-á muito mais que uns dias de salário ou até um emprego...?

Terão as pessoas real noção do que está a se feito, e de como estamos a ser conduzidos, quais carneiros...?

...Escolhem tomar o comprimido vermelho... ou o azul?





Sunday, January 27, 2013

...home sun...





(...)

"Earth.

 Even the word sounded strange to me now.
Unfamiliar.
How long had I been gone?
How long had I been back?
Did it matter?
I tried to find the rhythm of the world where I used to live.
I followed the current.
I was silent and attentive.
I made a conscious effort to smile... nod... stand... and perform the millions of gestures that constitute life on Earth.
I studied these gestures until they became reflexes again.
But I was haunted by the idea that I remembered her wrong.
That somehow I was wrong about everything".