Sunday, January 11, 2009

noctum

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Hoje, ao início da madrugada, voltei a falar com uma pessoa. Uma Amiga. Amiga mesmo, de há quase dois anos. De quem gosto muito, e com quem cometi o descuido de deixar de falar durante um tempo. Demasiado tempo. Falei com ela, através deste meio que é a net. A distância física (considerável), torna-a o único veículo para uma partilha. Falei com ela, naturalmente. Perguntei por ela, disse umas piadas circunstanciais. Queria só saber dela, trocar um "olá". Nada mais que circunstancial fui em relação a mim. Não queria gastar muito tempo na net. Várias formas de cansaço pesavam numa alma esgotada de palavras. E quando me estava a despedir... ela não me deixou ir assim.

Perguntou-me:

'"pera, pera..
estás mesmo bem?
"

...

Uma pessoa lê-me... nem me ouvê, ou vê: Lê-me. E percebe-me para lá das palavras. Mostrou carinho, preocupação. "Segurou-me". Ouviu-me. No seu não saber o que me responder... disse-me tudo o que uma pessoa poderia precisar de ouvir. Acabei por ficar um tempo mais, a conversar com ela. Deu-me um sorriso. Fez-me sorrir.

Há alturas em que esse... é o maior de todos os presentes.

A Amizade. A desinteressada, a verdadeira, a sagrada. Com A grande. A única coisa nesta vida em que cometo a presunção de me achar razoavelmente bom a doar. Amizade.

Obrigado, Amiga. Tudo o que tu me deste, será permitido em ti, sempre, e multiplicado.

Gosto muito de ti.
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