...Aviso do costume... para quem não viu o filme, e pretenda vê-lo, este texto poderá ser considerado um "spoiler"...
...
Ontem à noite, algo inesperadamente, e graças a um Grande Amigo, que vá-se lá saber porque raios, tenho a sorte de ter na minha vida, surgiu-me muito em cima da hora, a oportunidade de ver este filme.
E... vi-o. Com alguns receios, pois sabia previamente muito da sua temática, e de certa forma temia o efeito que ele pudesse ter em mim.
Ainda foi mais "forte" do que tinha previsto...
...É um filme sobre... tanta coisa...
...Sobre a incompreensão, a quase repulsa de um ser, para com a maneira como as pessoas lidam umas com as outras. Uma pergunta tão simples, por exemplo, feita pela personagem do filme, é mais ou menos esta: "porque as pessoas são más umas para as outras?" A personagem não entendia... e confesso, eu também não. Excepto a mágoa... o desejo de "devolução", dessa maldade. Não me orgulho de tal, mas a vontade de o fazer, conheço-a.
...Sobre o cortar de grilhões, sobre uma busca do verdadeiro eu, de desapego e de "liberdade" (mesmo que se vá percebendo, ao longo do filme, que o conceito de tal é um pouco mal interpretado, pela personagem...)
...É um filme sobre uma pessoa que... para todos os efeitos... faz algo que a mim me diz muito: caminha ao redor da "orla da vida".... tocando muitas vidas, muitas existências, mas... sem realmente pertencer, conseguir criar elos. Ficar.
Logo... segue. De vida em vida. E vai, à sua maneira, ajudando... bastante. Por exemplo, reaproximando um casal de hippies.... que se ama muito, há muitos anos... mas que atravessava uma fase difícil. Nessa parte do filme, a personagem diz uma frase que... me fez um sorriso amargo... por tantas razões. Algo como "há pessoas que sentem que não merecem amor. Logo, afastam-se silenciosamente para um local vazio."
...
E ao encontrar aquilo que mais queria, ao viver da forma que mais tinha ansiado... descobre que o seu maior sonho, era na verdade uma distorção de um sonho. Que acaba por se transmutar em pesadelo...
...E uma das últimas frases que ele, quase no seu limite, quase no fim, preso naquilo que ele tinha interpretado inicialmente como "liberdade", escreve... em esforço... entre parágrafos, num dos seus livros de companhia de viagem de anos...
"...happiness only real when shared..."
...
É.
Definitivamente.
Um filme sobre andar ao redor da "orla da vida"...
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Ontem à noite, algo inesperadamente, e graças a um Grande Amigo, que vá-se lá saber porque raios, tenho a sorte de ter na minha vida, surgiu-me muito em cima da hora, a oportunidade de ver este filme.
E... vi-o. Com alguns receios, pois sabia previamente muito da sua temática, e de certa forma temia o efeito que ele pudesse ter em mim.
Ainda foi mais "forte" do que tinha previsto...
...É um filme sobre... tanta coisa...
...Sobre a incompreensão, a quase repulsa de um ser, para com a maneira como as pessoas lidam umas com as outras. Uma pergunta tão simples, por exemplo, feita pela personagem do filme, é mais ou menos esta: "porque as pessoas são más umas para as outras?" A personagem não entendia... e confesso, eu também não. Excepto a mágoa... o desejo de "devolução", dessa maldade. Não me orgulho de tal, mas a vontade de o fazer, conheço-a.
...Sobre o cortar de grilhões, sobre uma busca do verdadeiro eu, de desapego e de "liberdade" (mesmo que se vá percebendo, ao longo do filme, que o conceito de tal é um pouco mal interpretado, pela personagem...)
...É um filme sobre uma pessoa que... para todos os efeitos... faz algo que a mim me diz muito: caminha ao redor da "orla da vida".... tocando muitas vidas, muitas existências, mas... sem realmente pertencer, conseguir criar elos. Ficar.
Logo... segue. De vida em vida. E vai, à sua maneira, ajudando... bastante. Por exemplo, reaproximando um casal de hippies.... que se ama muito, há muitos anos... mas que atravessava uma fase difícil. Nessa parte do filme, a personagem diz uma frase que... me fez um sorriso amargo... por tantas razões. Algo como "há pessoas que sentem que não merecem amor. Logo, afastam-se silenciosamente para um local vazio."
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E ao encontrar aquilo que mais queria, ao viver da forma que mais tinha ansiado... descobre que o seu maior sonho, era na verdade uma distorção de um sonho. Que acaba por se transmutar em pesadelo...
...E uma das últimas frases que ele, quase no seu limite, quase no fim, preso naquilo que ele tinha interpretado inicialmente como "liberdade", escreve... em esforço... entre parágrafos, num dos seus livros de companhia de viagem de anos...
"...happiness only real when shared..."
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É.
Definitivamente.
Um filme sobre andar ao redor da "orla da vida"...
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