...Hoje...
...o dia, decorria... como muitos, antes. E muitos, depois.
(Talvez estivesse a ficar mal habituado, aos hiatos a tal lógica. Não sei. Mas é o mais provável.)
E numa pausa... de um marasmo contra o qual luto... constantemente, quando certas "circunstâncias" se assumem, ao meu redor... (Sobre as quais, nem vale a pena coisa alguma, referir...)
...deparei-me com algo... cuja única reacção possivel, foi ficar largos minutos, a olhar, boca entreaberta.
Sem reacção.
Gostaria de dizer que senti tristeza. Revolta. Surpresa. Enlevo. Esperança. Ternura. Mágoa. Paixão.
Não.
Senti um nó, emaranhado de mil coisas.
E coisa alguma.
...
Há um sentimento, que me persegue. Desde pequeno. Mesmo antes de tudo o que me recordo.
O não entender este mundo. A minha perplexidade, perante ele.
A sua complexidade, estranheza, secura, aspereza. Um constante complicar, do que deveria ser simples. Óbvio. Puro.
Destruir, em vez de construir. Fechar, o que deveria ser uma porta aberta. Impedir o fluir.
O olhar para este mundo, olhos muito abertos, com a perplexidade de uma criança que simplesmente não entende...
E se este mundo, é o que as pessoas que nele estão, fazem dele...
...então, quiçá, não entenda as pessoas? Os sentimentos? Os nós intrincados, embaraçados, que se fazem à volta de coisas que em mim, mesmo que aos altos e baixos, são linhas contínuas e constantes? Porque em mim... o que foi... é... e será?
Não sei.
Não sei mesmo.
E...
...como sempre...
...nestas alturas...
...vêm-me dois sentimentos...
...uma saudade absoluta da presença física do meu Pai... do ininterrupto emanar do seu gostar, pleno e simples, e por isso infinito... algo fora deste mundo, realmente...
(...e quiçá por isso mesmo, tão solitário foi o seu caminho aqui... tão sofrido...)
...
...e uma sensação de ser velho.
Mais velho que o tempo.
...
Tomara, que eu fosse de facto o número que está no meu BI.
Tomara.
Tomara que eu fosse sempre força. Fosse sempre correcção. Fosse sempre... desapego, esperança, perspectiva.
Não ser esta coisa aceleradamente desgastada.
Desadequada.
E profundamente irrelevante.
Em tudo.
...
O meu mal, será esse.
Não entender o Ser Humano.
E provavelmente... por isso mesmo... não me entender a mim?
...
Fez ontem dois anos e sete meses.
...
.
...o dia, decorria... como muitos, antes. E muitos, depois.
(Talvez estivesse a ficar mal habituado, aos hiatos a tal lógica. Não sei. Mas é o mais provável.)
E numa pausa... de um marasmo contra o qual luto... constantemente, quando certas "circunstâncias" se assumem, ao meu redor... (Sobre as quais, nem vale a pena coisa alguma, referir...)
...deparei-me com algo... cuja única reacção possivel, foi ficar largos minutos, a olhar, boca entreaberta.
Sem reacção.
Gostaria de dizer que senti tristeza. Revolta. Surpresa. Enlevo. Esperança. Ternura. Mágoa. Paixão.
Não.
Senti um nó, emaranhado de mil coisas.
E coisa alguma.
...
Há um sentimento, que me persegue. Desde pequeno. Mesmo antes de tudo o que me recordo.
O não entender este mundo. A minha perplexidade, perante ele.
A sua complexidade, estranheza, secura, aspereza. Um constante complicar, do que deveria ser simples. Óbvio. Puro.
Destruir, em vez de construir. Fechar, o que deveria ser uma porta aberta. Impedir o fluir.
O olhar para este mundo, olhos muito abertos, com a perplexidade de uma criança que simplesmente não entende...
E se este mundo, é o que as pessoas que nele estão, fazem dele...
...então, quiçá, não entenda as pessoas? Os sentimentos? Os nós intrincados, embaraçados, que se fazem à volta de coisas que em mim, mesmo que aos altos e baixos, são linhas contínuas e constantes? Porque em mim... o que foi... é... e será?
Não sei.
Não sei mesmo.
E...
...como sempre...
...nestas alturas...
...vêm-me dois sentimentos...
...uma saudade absoluta da presença física do meu Pai... do ininterrupto emanar do seu gostar, pleno e simples, e por isso infinito... algo fora deste mundo, realmente...
(...e quiçá por isso mesmo, tão solitário foi o seu caminho aqui... tão sofrido...)
...
...e uma sensação de ser velho.
Mais velho que o tempo.
...
Tomara, que eu fosse de facto o número que está no meu BI.
Tomara.
Tomara que eu fosse sempre força. Fosse sempre correcção. Fosse sempre... desapego, esperança, perspectiva.
Não ser esta coisa aceleradamente desgastada.
Desadequada.
E profundamente irrelevante.
Em tudo.
...
O meu mal, será esse.
Não entender o Ser Humano.
E provavelmente... por isso mesmo... não me entender a mim?
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Fez ontem dois anos e sete meses.
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