17/6/89
Aquele que se vai tornar um instrumento do Poder divino e um servidor da Lei divina há-de ter, primeiro, recebido em si mesmo a actuação da mesma Lei e do mesmo Poder. Ele não se excluirá do cumprimento da Justiça equilibradora mas aprenderá a acolhê-la, no seu coração purificado, com um sorriso. desta forma, entregará aos cuidados da Unidade o mesmo vaso que em breve receberá a dotação do Poder.
O arauto da Lei de Deus há-de ter aprendido a conhecer a actuação desta observando-a em si mesmo. Há-de ter aprendido a aceitar a sua aplicação sofrendo-a em si mesmo. Há-de ter aprendido a apreciá-la celebrando em si mesmo a Sabedoria secreta que o conduz ao lugar do sacrifício alegre e da transfiguração.
O representante das alturas há-de ter sido elevado à custa do esforço da renúncia que o tornará invulnerável aos poderes do mundo e, por isso mesmo, digo representante dos poderes do Céu. O mundo só tem poder sobre o Eu na medida em que este ainda se apega aos objectos do mundo. Estes são os instrumentos pelos quais se aferra a Alma e são também as cadeias que, por fim, o Carma e a vontade do discípulo destruirão. Entretanto os choques do Espírito irão despertando o fogo serpentino e marcando a cadência básica. os centros irão passando por fases de vibração alternante correspondentes ao percurso dos anéis da serpente silenciosa. O alento irá sendo expelido por uma respiração cada vez mais profunda até que, no seu movimento, se vá exteriorizando o pulmão da Unidade.
Quando há doçura na angústia, gratidão na dor e Energia concentrada no esgotamento, a hora está prestes a soar. Ela soa quando não tem importância que soe pois tal tornou-se indiferente face ao Dever.
MORYA
(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)
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