27/5/89
Onde a personalidade hesitou, eu afirmo a Unidade. Onde a personalidade jaz espezinhada, Eu afirmo a Fénix renascida das próprias cinzas. Esta Fénix é dourada. Tem milhares de amores e nenhuns apegos, múltiplas audácias e nenhum medo. Ela, que é filha do fogo, foi feita para ascender aos céus.
Ao guerreiro não basta vencer a personalidade. Vencida a batalha, há que estabelecer posições na terra conquistada. A alma luta, durante muitas encarnações, para derrotar a personalidade. O divino luta para derrotar o separatismo. No entanto esta é uma guerra que só fica plenamente ganha quando a derrota do adversário é seguida de conquista, invasão e mistura de raças entre invasores e vencidos. Cada derrota das trevas deve ser seguida de uma invasão de luz. De que serve conquistar uma praça se ela é depois deixada ao abandono? Eis a razão pela qual a afirmação da luz é imprescindível.
A luta entre o morador e o Anjo implica, durante muito tempo, negar o morador. É a técnica do desapego e da abstracção, o doloroso caminho dos que, a ferros, vão extraindo da personalidade o Filho aprisionado. Mais tarde, porém, torna.se imperioso que o Filho se afirme, conduzido pelo Pai. Então o que está em causa não é desapego mas sim afirmação da Luz. Onde o vento do Espírito arrasou as construções pessoais, há que trazer a iluminação impessoal e dar início a construções de outro tipo. O homem continua a construir para si - com a diferença de que, agora, ele é um com o Todo e, portanto, construir para si é construir para a Unidade.
O iniciado que se vence a si mesmo depara com ruínas e sabe que não pode retornar a elas. O vazio que fica deve ser preenchido com afirmações de luz. De afirmação de luz em afirmação de luz ele terminará, assim, o palácio da transfiguração e tratará de embelezá-lo até que, na crucificação, a luz se tornará excessiva para o edifício que serviu durante eras. Depois o homem deixará de entrar e sair do palácio (que já não existe) para adquirir o direito de circular, com pleno conhecimento, na Cidade de Deus.
Se te venceste, completa a tarefa com a invasão da Luz. Onde encontrares desolação, cultiva as cintilantes flores da Realidade.
Saúdo o guerreiro e, nele, saúdo todos os guerreiros.
MORYA
(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)
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