Saturday, February 25, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 8





11/5/89


    O medo e a dúvida são os últimos obstáculos com que depara o aspirante à terceira iniciação. Quando não são superados ou quando o não são momentaneamente - porque o aspirante recua ou permanece hesitante face ao portal e ao anjo da Presença, o guardião do portal - produz-se um efeito, mais ou menos intenso, de retorno e descida de energias. Tal efeito leva-o a instantes de desalento e dúvida do seu próprio valor que logo são compensados pela Vontade firme do iniciado corajoso. Eis algumas das derradeiras oscilações do homem que percorreu o espaço entre a personalidade e a alma e longamente construiu a ponte luminosa.
    Uma das formas de dúvida mais subtis é a que insinua a possibilidade de - ao menos para alguns assuntos - as velhas e experimentadas armas da personalidade continuarem a ser úteis. Ao mesmo tempo, a natureza material que suspeita do Espírito e o teme, reforça a incerteza. No entanto, a resposta permanece eternamente a mesma: o portal só pode ser transposto quando a entrega é total e as respostas - ainda que possam vir a revelar-se semelhantes - não são dadas pela personalidade. A Alma deve reinar sobre os três mundos em todos os seus recantos. A mais trivial das actividades deve ser executada pela alma manifestada que está perante a transfiguração e a atinge - não por uma personalidade. A grande expansão exige entrega e alegre sacrifício para que a recta acção se instale na vida do iniciado e os seus movimentos se tornem curativos e abençoadores. O seu dever, que é servir, cumpre-se de maneira infinitamente melhor, seja a que nível for, seja onde for e com quem for, seja para o que for e quando for, quando é cumprido sob o impulso de um raio de luz da tríada espiritual.
    Na verdade, o Senhor do Mundo concede novas armas ao iniciado transfigurado. Só pode fazê-lo, porém, se este renunciou às velhas armas e lhes extraiu o veneno com que, durante milénios e milénios, entorpeceram o guerreiro de luz, tornaram carmicamente aprisionantes as feridas produzidas nos adversários das personalidades sucessivas e vedaram os canais do verdadeiro Poder. O iniciado deve matar  a serpente interior. Para tal, esmagar-lhe-á a cabeça e extrair-lhe-á o veneno transmutando-o e enviando-o aos céus. Mais tarde, o veneno, transformado em elixir benéfico, animará as velhas armas e estas, embora conservem a mesma aparência, já não produzirão os efeitos do passado: antes pelo contrário, o mundo receberá bênçãos em cada um dos seus golpes.
    O Senhor do Mundo convocou a tua Presença. A tua mónada encaminha-se para o encontro. A tríada lança a chama azul da exteriorização tríplice no coração para o alto visando enfraquecer a cabeça da serpente e desencadear as forças que a esmagarão; lança ainda as três chamas ao céu para que a entrega seja total. A personalidade torna-se ponto de encontro com o mundo; a alma torna-se ponto de encontro com o Cristo do mundo; a mónada exteriorizada de forma tríplice torna-se ponto de encontro com a unidade colectiva. A cruz tende para a recta. O circulo encontra um fechamento libertador. Eis a razão pela qual o iniciado não pode já deixar de avançar. Já não é a personalidade que faz a exigência: o mundo, a Alma e o Espírito unem-se para clamar pelo seu retorno. O Poder é-lhe dado para que retorne e o Poder ser-lhe-á confirmado porque retornou.
    Eis-te perante o teu destino.

Um mensageiro de Shamballa


(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)

Thursday, February 23, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 7





20/4/89


    No lugar da paz, onde os pólos se reúnem mas não existem oscilações, o Eu divino permanece. Ali, de onde não partem quaisquer apegos e onde o ser já não consente em identificar-se com as múltiplas imagens dos múltiplos espelhos da terra dos homens, é o lugar onde se colhe o fruto da peregrinação. Ali, a tríplice alma escuta os lamentos e as alegrias, as iniquidades e as superações, os esforços e os repousos da humanidade. Vê os nascimentos e as mortes no fio contínuo da Vida, assiste à rotação e à translação do planeta e contempla as almas irmãs cujo mergulho na ilusão as torna rodopiantes sobre si mesmas e conduz à translação do ciclo reencarnativo.
   No lugar da síntese e da superação, onde o ser tríplice alcança a consciência da triplicidade e já não vê apenas dualidades, os sombrios acontecimentos do passado desfazem-se perante a luz do agora: o que está a ser transforma-se na única realidade e o caminho da expansão no que está a ser fica aberto. Esta via é ilimitada e é nela que os filhos do Cosmos se entregam à Fraternidade Universal. O relativismo das separações torna-se patente e a impassibilidade do Espírito explica-se a si própria como consciência do Ser perpétuo em todas as coisas. Ter sido humano torna-se apenas mais um episódio perante o palco universal onde a síntese de todas as vivências impera. Os deuses expandem-se e elevam-se na medida em que sentem e são como a Vida destas vivências.
    No lugar da paz o ser espiritual de cada homem pode encontrar finalmente a cornucópia da abundância. No ponto de síntese o guerreiro desidentificado de si mesmo pode escolher os vários pratos; no entanto jamais poderá comer senão o necessário: o pecado da gula é mortal porque precipita o homem na identificação com as formas que morrem. Existe, entretanto, um prazer especial a que os deuses se entregam sem receio e cujo sabor vai além, muito além, de todas as experiências e excessos de todos os homens, desde sempre: é o prazer de ouvir a melodia que sempre ecoa através dos mundos. Não há melhor pregação da Unidade nem melhor instrução para o Caminho do que a sublime música do Cosmos; até mesmo os seus ecos já dessedentam as almas e fazem vibrar as cordas que despertam o Espírito.
    Em harmonia te dou o abraço da paz e a bênção da Hierarquia.

LAMORAE

(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)

Tuesday, February 21, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 6




8/4/89


    Oh, Inominável! Há mil sois abrasadores no mundo que me atrai. Eles queimam-me e arrasam-me. No entanto, começo a sentir-lhes o frescor suave. Há mil ventos, bafos de ciclone gélido que me petrificam perante abismos. No entanto, começo a sentir-lhes o calor da Vida.
    O triângulo inferior geme e chora; o triângulo superior canta e exulta; eu oscilo; porém, começo a fundir-me no pilar de fogo.
    O meu mundo está em chamas. os meus átomos despertam para vibrar em direcções desconhecidas. Há dores de parto em mim e, todavia, o que está para nascer não tem nome nem lugar.
    Deus! Os meus centros tornaram-se instrumento. Eu próprio tornei-me um centro de centros maiores. O ser tríplice reclama para si os domínios do coração e da cabeça; o ser uno reclama para si o domínio básico onde jaz o filho aprisionado pela mãe desnaturada.
    As vozes das estrelas começam a ecoar pelas entranhas dos meus corpos e pelas vias da minha energia. A enorme vibração do silêncio vem preencher o meu ser dilatado. Senhor! Vós sois um fogo consumidor mas a vossa chama vem alimentar os que se vos tornam fiéis!
    Shiva! Os teus mil braços estão em mim e cada um segura a pérola de uma reencarnação!
    Brahma! A tua envolvência alimenta cada fibra do meu ser e dá-lhe inspiração para cumprir a magnitude do Plano!
    Vishnú! O teu amor sustenta-me; o teu alento faz-me prenhe de mil sabedorias e pródigo de mil amores pois todos os seres encontram em ti o mediador para que a Mãe não se aproprie completamente e o Pai não destrua senão quando é chegado o momento.
    Indizível! O Cosmos inteiro não sabe falar de ti!
    Inominável! Só o mantram do silêncio abre a via para ti!
    Imprescrutável! Só a infinita Presença interior pode entender-te!
    Olho para ti! Ouso olhar para ti! Shiva é insustentável e o seu olho arrasa os que procuram sustentá-lo. Arrasa-me! Assim deixo de ser homem e o ser profundo em mim continua a contemplar-te.
    Vê: eis que o meu coração transborda vibrações inumanas e um arrepio me percorre anunciando que o teu verbo quer penetrar na caverna vertebral e desencadear as potencias adormecidas. Eu, porém, não temo. O que temia morre ao contemplar-te; o corajoso exulta perante o fogo.
    Eu Sou a Fénix. Eu Sou a águia que voa para as alturas. Eu Sou a essência dos meus próprios ciclos, o que parte e o que retorna e o que permanece. A minha aventura é ousar estar em ti, o meu triunfo é ousar ser contigo.
    Não há tempestade, não há ciclone, não há cataclismo que expresse quanto és temível; não há idílio, não há prazer, não há calmaria que expresse quanto és afável e acariciante; não há muralha, não há fortaleza, não há lugar que expresse quanto és envolvente e protector.
    Tu, o Senhor da Paz, provocas explosões interiores e êxtases; tu, o Senhor da Guerra, provocas tranquilidade e confiança.
    Transporta-me, abre-me o caminho, atrai-me e empurra-me porque Eu Sou uma ténue centelha, um grão de luz pura, uma lágrima do orvalho da Vida, um som da Harpa Cósmica. O meu destino és tu!
    Deixa-me cantar o que ouço! Mergulho na terra dos paradoxos; por isso cantarei o silêncio para que os homens se calem e escutem o inaudível. Procurarei também que vejam o invisível; quando tactearem o impalpável, contudo, estarão aptos a constituírem-se como pilares do Templo Eterno.
    Senhor! O meu Cântico não tem fim como tu não tens fim. O que se cala aqui é acompanhado de mil canções noutro lugar; o que cessa é uno com o que recomeça. O que cessa e recomeça em simultâneo é uno com a eternidade. A eternidade está em mim e abençoa todas as coisas.
    Eu Sou o Que Sou.


SERAPIS BEY

(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)


Monday, February 20, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 5



2/4/89

   Os lugares da realidade e os lugares da imaginação unem-se perante os estados da realidade. Há desertos e florestas na vida do discípulo que oscila entre o Pai e a Mãe. Há lugares de sol abrasador e gélido vento nocturno bem como lugares de reconfortante humidade temperada. Há lugares inóspitos e lugares luxuriantes. O Caminho, porém, é um só. Chega sempre o dia em que o frio gélido da alta montanha o aquece e a humidade acolhedora da Grande Mãe o arrefece, até que todos os lugares se tornam lugares do Espírito Uno e já nada pode desviar o homem do seu caminho. O seu coração torna-se, então, a sede da Vida onde ardem três fogos. O homem, que se tornou mais do que homem, maneja três poderes e encontra apoio em si mesmo. Um tal homem colheu os frutos do Carma até que mesmo o Carma deixou de pertencer-lhe. A águia voou do alto da montanha e aprendeu a depender das asas da luz interior. Desde esse momento, já nada será, nunca mais, como foi. Encerrou-se um volume do livro da vida para que outro fosse encetado. A corrente invencível arrasta o homem para as alturas e já nada pode detê-lo. A personalidade depôs as armas. A alma despiu-se e ajoelhou, nua e simples, ante o Rei do Mundo. Este sorriu e, após ter aceite as armas, abençoou-as e devolveu-as à alma - que as devolveu ao homem tornado alma e espírito. Este homem converteu-se num símbolo de perfeição. Onde parece ser a personalidade que fala e quer, eis que o Espírito se afirma. Onde os seres humanos nada vêem, eis que a Luz consciente dita os passos seguintes.
   O homem que defrontou a aridez e a desolação, o homem que se vi abandonado pelos homens, que bebeu da taça da lei cármica até que o Espírito ficasse saciado, tornou-se um verdadeiro homem. Ao tornar-se um verdadeiro homem, tornou-se mais do que um homem pois afirmou o que estava escondido.
   Na tensão do silêncio, no vácuo da solidão pessoal, o Espírito fez soar a nota de Poder e de unidade. Estabeleceu-se um vínculo de luz e, onde a coragem sustentou a angústia e afrontou o abismo, brotaram flores de lótus completas. Assim a consolação premiou aquele que não procurou um prémio. Até à conquista, entretanto, a vigilância não pôde abrandar porque o mínimo vestígio da serpente podia ainda refazer-se como serpente.

MORYA

(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)

Sunday, February 19, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 4





30/3/89


   As sementes cósmicas são estéreis para a personalidade. A indescritível beleza dos reinos superiores é aterradora para a personalidade. As canções dos deuses parecem rugidos aos que ainda não atingiram a verdadeira coragem. O chamamento da mónada parece cheio de impossibilidades. Na hora da transfiguração, porém, o mago precipita os verdadeiros milagres. Voluntariamente deixa-se atingir pela flecha do infinito para que a morte se transforme em Vida. É ele próprio que calibra o arco e alinha o alvo. É ele próprio que salta sobre o abismo, confiante na ponte de luz. É ele quem decide caminhar na luz e nunca mais fincar os pés na terra. Por isso nós dizemos que somente um alto iniciado é digno da confiança maior. Um homem que se apoia no seu coração relampejante já não é acessível aos pecados do mundo. A sua imperfeição já não é vacilante. Um homem assim é absolutamente irmão de todos os homens e, por isso mesmo, pode ser-lhe dada a espada para que os derrote. Existem razões ocultas para que os homens temam e reajam violentamente contra os seus maiores servidores. Desse modo raramente um alto iniciado tem sido conhecido do grande público; desse modo, os verdadeiros sábios têm geralmente preferido que os seus passos físicos não deixem marca. A modéstia e a humildade são também o refúgio e a salvaguarda dos grandes. Uma grandeza que se ostenta a si mesma, aliás, encolhe ao expressar-se na forma.
   Espero-vos no cimo da montanha. Rejubilo ao ver-vos despir as roupas tecidas durante milénios e abdicar das riquezas longamente idealizadas para que a escalada final se concretize. Alegro-me com o significado da vossa enorme angústia que é, afinal, bem irrisória...
   Não haverá prémio, no final. Ser o que é está para além de tudo isso.


Eu Sou MORYA


(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)

Wednesday, February 15, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 3








21/3/89


   Em plena fúria do vento, perante o frio que não consente nas paixões da matéria, o relâmpago das estrelas revolveu a terra. O discípulo, velho guerreiro fatigado, recebeu o fogo no cadinho de si mesmo. De novo a matéria-prima foi agitada, de novo a dedicação foi premiada com o sofrimento inominável. Nem mesmo as águas da grande dor podiam apagar a fogueira da terra interna. Desta vez as ervas daninhas não podiam subsistir como nada podia subsistir.
   O discípulo, apenas vagamente consciente do seu gesto, ousara alinhar-se com o Espírito. O resultado tomava agora a aparência dum mundo destruído onde, na aridez da terra calcinada pelas chamas, ainda seria preciso caminhar.
   A sementeira da alegria, porém, fora feita. Ali, onde a morte se fizera rainha, uma vida diferente podia irromper. Ali, onde tudo fora revolvido, penetrara o fertilizante das estrelas. Ali, onde a dor inundava o coração, novas sementes qualitativas haviam sido colocadas. Algumas encontravam-se na palma da mão crispada do guerreiro.
   Vento do Espírito, abençoa o meu discípulo!
   Flores da renúncia, brotem no seu caminho!
   Sementes do amanhã, germinem pelos seus gestos!
   Ninguém tem forças para se medir com o Espírito mas poucos são dignos de travar a batalha cuja vitória vem na forma de uma grande derrota. Esses, que são arrasados pelo relâmpago, erguer-se-ão para a verdadeira Vida. Desistentes do comando, receberão o Poder. A recuperação será feita pelo repouso na Grande Mãe.
   Além das harpas de guerra, ouve o toque da trompa e as harmonias da Natureza. Repousa perante o teu destino.

MORYA


(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)

Tuesday, February 14, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 2





22/1/89

    O único descanso do guerreiro reside na não-resistência. Quando se abandona face à energia superior, quando goza a plenitude de se deixar impulsionar pela luz, ele pode repousar. A doçura e a calma tornam-se possíveis desde que, por instantes, a personalidade deponha as armas. A brisa pacífica da intuição amorosa pode então substituir o sopro do Espírito. A envolvência dos nossos lençóis de luz branca pode consolar o guerreiro. A emanação dourada dos nossos corações pode cicatrizar-lhe as feridas.
   Sabemos que os últimos tempos foram, para ti, avassaladores, mas tinha que ser desse modo. Havia que rebentar cadeias e, sobretudo, havia que levar-te ao local do confronto. O morador do umbral e o anjo da Presença deviam ser postos, pela primeira vez, largamente face a face. O preço do sofrimento envolvido devia ser pago pois tu próprio havias decidido assim. A teu pedido, os acontecimentos foram precipitados. A prova foi exactamente proporcional à tua resistência e fez redemoinhar os recantos da tua personalidade. Nenhuns monstros foram aí despertos porque já os não havia mas, mesmo assim, revelaram-se muitos pontos ainda não completamente ajustados. A dor foi muita, bem o sabemos; contudo, a recompensa do discípulo que vence a sua batalha supera sempre a dureza e os ferimentos colhidos. Assim é, também, contigo. A tua recompensa é e será sempre paz, poder para servir, harmonia e muito trabalho na vinha do Senhor. À medida que o discípulo escala a montanha, vai-lhe recaindo sempre mais, sobre os ombros, o peso da humanidade. No final, quando está perante a transfiguração, o peso é tão forte que somente o Poder do Espírito permitirá superá-lo. No entanto esse poder surge exactamente nos momentos em que é necessário. Demonstrei-te, uma vez, que poder é esse; da segunda vez, tu próprio o invocaste, ainda que indirectamente; da terceira vez o Poder colherá em ti a essência de muitas vidas para a abençoar com a eternidade.
       Saúdo-te e felicito-te.

MORYA

(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)

Monday, February 13, 2012

A CAMINHO DA TRANSFIGURAÇÃO - 1






28/12/88



   Discípulo, ousaste invocar o Espírito. O Espírito martela os seus filhos e aquece-os na fornalha das circunstâncias abençoadas pelos Senhores Lipika (os Senhores do Carma), a fim de os moldar ao Plano. O Espírito concede Poder mas, antes, teste resistências. Os que sucumbem à pressão devem aguardar; os que a superam, por muito forte que lhes pareça a provação. são admitidos nas fileiras dos invencíveis guerreiros da Luz.
   O Espírito varre os obstáculos - doa, na forma, à alma a que doer. Aceitaste a Vontade Divina na tua vida quando fizeste o voto de não interferir para que as energias superiores actuem. Como vês, não passou muito tempo até que assim fosse.
   O que te aguarda é aínda um teste de Fé e persistência. No horizonte existem dificuldades. A vigilância não pode cessar e o descanso do que descansam na forma está-te vedado. No entanto, discípulo, sabe que o Mestre está contigo e que o impulso foi dado. Bem o sabes: a águia voa no frio e na solidão. O melhor arqueiro deve apontar sem desviar os olhos para os que estão perto. A taça da Luz enche-se em silêncio e o silêncio é solitário. Os maiores mistérios só podem ser revelados fora da tagarelice das personalidades desencantadas. O sopro espiritual é cruél como o terrível olho de Shiva somente para quem ainda está sujeito aos miasmas astrais. A grande dor dos discípulos sofre-se com o plexo solar e repercute-se no coração até que este nunca mais seja senão o lugar da Luz e da Vida.
   Um guerreiro que aspira à maior batalha deve enfrentar a mais dura preparação. Um guerreiro que ousa golpear os portões do Espírito deve aceitar o preço da ousadia e, mais tarde, rejubilar-se. Para lá do estrépito das formas oscilantes e combatentes, a magnificência do dedo divino aponta a realidade da Providência. Os tambores de guerra também convocam para a Harmonia Celestial. No topo agreste da montanha o ar é regenerador e crescem flores preciosas. No lugar do pesado silêncio é possivel reencontrar a leveza das alturas. Saúdo em ti o discípulo que sai vitorioso duma prova onde muitos fracassam. Saúdo em ti o homem que vence o medo e, como Job, aceita beber a taça do destino.
   Amo-te na Luz, no Amor e no Poder.


Eu Sou MORYA


(in Pérolas de Luz, Volume II, do Centro Lusitano de Unificação Cultural)



Nota: Este é um texto retirado de um livro que representa uma colectânea de mensagens transmitidas por vários Mestres de Sabedoria a um pequeno grupo de discípulos, que optaram por manter o anonimato. Estas mensagens são obtidas através de Psicografia, uma forma de mediunidade consciente. Podendo algumas destas mensagens serem de âmbito mais pessoal, o seu alcance pode, facilmente, ser mais transversal.


Friday, February 10, 2012

...ESCRAVIDÃO!...




‎...E é contra isto que esperamos competir... É para conseguirmos competir com ISTO, que estamos a ser esmagados sob a tonelagem da "austeridade"... para atrair este tipo de empresas... este tipo de lógica empresarial...

...Quando a sociedade ocidental, global, deveria lutar em MASSA, para que TODOS os países tivessem o que nós temos... tínhamos... estamos a perder a olhos vistos... e nunca... ISTO...

...

Mais: porque isto não se centra apenas nesta fábrica... longe disso!...




(A próxima vez que comprarem um Iphone, Ipad, XBOX, PS3... pensem nisto... no PREÇO de cada uma dessas coisas... e não aquele que vem em €€...)

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